Procedimentos para aliviar a dor e trazer conforto garantem menos sofrimento à pacientes incuráveis
Requerem cuidados paliativos aquelas pessoas que têm uma enfermidade avançada e incurável, sem possibilidades de resposta ao tratamento e com perspectiva de vida inferior a seis meses. Estima-se que 13% dos pacientes em tratamento no instituto preencham estes critérios.
Ainda hoje o conceito de cuidados paliativos está fortemente associado a medidas que ajudam a confortar o paciente apenas na hora da morte. Essa imagem é enganosa, explica o médico Toshio Chiba, responsável pelo programa no instituto. Os cuidados paliativos modernos vão muito além. Atualmente, a abordagem do paciente com doença incurável é feita de forma integral, ou seja, não se resume aos momentos finais da vida, mas sim a todo o curso da enfermidade. E mais: o atendimento especializado não se resume ao paciente, alcança também os familiares.
O trabalho da equipe sob o comando de Toshio será promover o controle da dor, dar apoio psicológico, garantir o direito de esclarecimento ao paciente sobre sua situação e adotar as medidas adequadas garantir menos sofrimento. "Mesmo que não exista a possibilidade de cura, o paciente passa para uma nova fase do tratamento: o controle. Nosso objetivo é oferecer conforto e uma vida digna", explica Chiba.
Os familiares, por sua vez, receberão auxílio psicológico para lidarem com seu luto, durante o tratamento do paciente e depois da morte. Toshio, uma das maiores autoridades brasileiras no tema, ressalta que o trabalho de sua equipe também é difundir a compreensão de que a morte é um processo normal no curso da vida. Fazendo alusão a uma conhecida citação do século 16, o médico completa: "Curar às vezes, aliviar muito freqüentemente, confortar sempre e cuidar até o último momento".
Fonte: Imprensa e Marketing Icesp