sexta-feira, 28 de março de 2008

Terapia é aliada para buscar auto-conhecimento e melhorar a auto-estima

Quem sou eu? O que penso? O que sinto? O que quero? São questionamentos importantes para quem busca fazer uma reflexão profunda em busca do auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal. Porém, muitas vezes, é difícil responder a essas perguntas e fazer esse trabalho de reflexão sozinho, então a ajuda de um terapeuta é de grande valia. Muitas pessoas resistem a esse momento, pois podem se defrontar com uma falsa identidade, um “eu” construído como uma defesa para enfrentar o mundo. Enfrentar a realidade e rever defesas não é fácil.

Um exemplo muito comum é se esconder atrás da aparência. Enquanto algumas mulheres passam a perseguir incansavelmente a beleza, outras preferem afirmar aos quatro cantos “eu não estou nem aí com beleza”; porém, a finalidade em ambos os casos é muito semelhante: se proteger do julgamento de outras pessoas, esconder suas inseguranças e medos.

Em alguns casos, a beleza funciona ainda como uma fachada, onde a mulher projeta sua imagem de êxito. Muitas vezes isso acontece por serem pessoas inseguras, para esconder a criança impotente e assustada que há dentro dela.

“Algumas inseguranças podem se instalar em função dos pais não terem dado apoio suficiente em nível emocional, por não reconhecerem ou por não respeitarem a individualidade de seus filhos. Outras vezes os pais tentam moldar os filhos de acordo com a imagem que eles gostariam que os filhos tivessem. E os filhos querem corresponder”, afirma a psicóloga Heloisa Schauff, especialista em Terapia Familiar, pós-graduada em Educação e em Psicologia Social.

Já a postura do ‘não ligo para beleza’ também pode acontecer pelos mesmos motivos. Segundo a psicóloga, “a pessoa, apesar de linda, não se vê assim em função da construção de uma auto-estima rebaixada”.

Procurar terapia pode ser um passo fundamental para construir bases sólidas para mudanças. Durante a sessão terapêutica a pessoa passa a ter um espaço seguro para se entregar, falar sobre as suas verdades, medos, dúvidas e iniciar um processo de descobrimento de quem realmente é, as coisas boas que precisam ser valorizadas e o que precisa ser mudado.

“Um dos objetivos de uma terapia é o cliente encontrar uma forma de se mostrar responsável por si próprio, ou seja, começar a exercitar a consciência, a pensar, a olhar o mundo com os próprios olhos. Não é um processo fácil porque muitas vezes é dolorido, mas nós crescemos através do amor e da dor. A terapia também vai trabalhar a imagem idealizada, que é diferente da real, mas que a pessoa acredita ser real. Quando idealizamos, criamos uma barreira para não sofrermos ao entrar em contato com a realidade. Mas a medida que vamos tomando consciência das nossas defesas e trabalhamos com elas, isso vai se modificando”, explica a psicóloga.

Segundo Heloisa, ao se conhecer melhor, a pessoa conseguirá conscientemente buscar mais qualidade de vida, evitar situações complicadas ou desagradáveis; além de adquirir mais autonomia, mais confiança, e se apoderar de sua competência - o que resulta na melhoria da auto-estima.

Não existe uma forma única de se viver um processo terapêutico, pois cada pessoa possui um perfil e uma história. O favorecimento do crescimento do indivíduo dependerá da relação de confiança e compreensão entre ele e o terapeuta. Por isso, a partir da fala do cliente, o profissional poderá orientar um processo de busca que vai promover desbloqueios, novas percepções, revisão de comportamentos, de visões da vida, acelerando o desenvolvimento psicológico, o crescimento pessoal, o amadurecimento e o auto-conhecimento.

por Dani F.

Nenhum comentário: