A mostra “Gamelas Zoomórficas” e “Bancos Autorais Índígenas” com mais de 30 esculturas dos mestres Kamalurré, Aparitá, Karanay, Uruhu, Lakway, Yauapi e Mawaia, das tribos Mehinako, Kuikuro e Kamayurá, está em exposição na Galeria Brasiliana desde 17 de abril. Todos são habitantes do Parque Indígena do Xingu, que é um santuário protegido por lei onde os brancos teoricamente só podem ingressar com autorização da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Segundo o marchand e curador da mostra, Roberto Rugiero, diretor da Galeria Brasiliana, hoje a arte constitui o sustento de muitas famílias indígenas. “O trabalho de Kuikuro Lakway aproxima-se do expressionismo e é muito difícil encontrar as suas obras. O Yauapi, filho do grande pajé Sucuri, que tem obra no museu AfroBrasil, aprendeu com seu pai e é um artista que surpreende pela delicadeza, elegância e inventividade”, destaca.
A história dos Bancos Indígenas
Símbolo hierárquico, nem todas as tribos faziam os bancos rituais tradicionalmente usados pelo cacique e pajé, pessoas mais importantes da tribo. Em sua origem, os bancos eram de tamanho menor se comparados aos esculpidos hoje. Para o estudioso de cultura popular e indígena Ticio Escobar, fundador do Museo Del Barro, de Asunción, curador da 6ª Bienal do Mercosul, autor consagrado, “ao contrário de serem considerados uma ‘degeneração’ dos padrões antigos, esses bancos devem ser vistos como demonstrativos do ‘processo dinâmico da arte’”.
Mostra: Gamelas Zoomórficas e Bancos Autorais Indígenas
De: 17 de abril a 16 de maio, de segunda a sexta-feira das 10h às 18h, e aos sábados das 10h às 16h.
Local: Rua Arthur de Azevedo, 520, São Paulo/SP.
www.galeriabrasiliana.com.br.
Entrada gratuita.
Mais informações pelo telefone (11) 3086-4273.
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